Transporte de cargas ferroviárias apresenta novo crescimento em abril

O transporte ferroviário fechou abril – mês retrasado – com crescimento de 5% do volume total transportado comparado ao mesmo período de 2020. Os dados são informados pela Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Este foi mais um mês de crescimento em todos os setores com destaque para a movimentação de combustíveis e contêineres, o que demonstra diversificação do modal para além das commodities.
O transporte de contêineres teve evolução positiva total de 39%. Já os contêineres de 40’ (TEUs) tiveram aumento de 41,5% e de combustíveis, 46,5% – em grande parte justificados pela retomada de fluxos e de investimentos em segurança, via permanente e operação ferroviária.
“Os sucessivos aumentos nos volumes de cargas transportados pelas ferrovias mostram o tamanho da importância deste modal para a infraestrutura brasileira. A busca pelo reequilíbrio da matriz de transportes passa pelos investimentos que estão sendo feitos em nossas ferrovias”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
FERROGRÃO
Aproveitando-se do aumento no transporte ferroviário, fica ainda mais clara a necessidade da rápida implantação da EF-170, a ‘Ferrogrão’, cujo trecho concessionado compreende Sinop a Miritituba, distrito de Itaituba/PA.
Serão 933 km de extensão, sendo complementado por dois ramais: Santarenzinho, entre Itaituba/PA e Santarenzinho, distrito de Rurópolis/PA, com cerca de 32 km de extensão; e Itapacurá, localizado integralmente no município de Itaituba/PA, com aproximadamente 11 km de extensão.
O projeto visa consolidar o novo corredor ferroviário de exportação do Brasil pelo Arco Norte.
Quando finalizada, a Ferrogrão terá alta capacidade de transporte e competitividade no escoamento da produção, papel hoje desempenhado pela BR-163. O corredor a ser consolidado pela EF-170 e a rodovia federal consolidará uma nova rota para a exportação da soja e do milho no Brasil.
FICO
Outra ferrovia que interligará Mato Grosso a outras regiões produtoras e escoadoras é a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO), entre Mara Rosa/GO e Água Boa. A intenção é construi-la pela Vale como contrapartida da renovação antecipada da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM).
O projeto do trecho 2 da FICO está sendo elaborado, prevendo ligação entre Água Boa e Lucas do Rio Verde.
Os termos de referência para os estudos de viabilidade técnica, econômico-financeira, ambiental e jurídica (EVTEA) estão sendo tratados entre a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), vinculada ao MInfra, e a Corporação Financeira Internacional (IFC), braço do Banco Mundial.
Segundo divulgado pelo Ministério da Infraestrutura, o “projeto será orientado por diretrizes socioambientais de forma a garantir não apenas uma boa modelagem para a futura concessão, mas também para atrair investidores que priorizem empreendimentos sustentáveis”.