Pandemia teve baixo impacto nos negócios e no avanço digital, diz pesquisa

A pandemia da Covid-19 deixou um rastro de mortes e de profundas mudanças econômicas em todo o mundo, e o Brasil foi um dos afetados. Porém, há um setor que não sentiu tanto os impactos.
De acordo com pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA), a maior parte dos produtores rurais no país sentiu um "baixo impacto" da pandemia sobre seus negócios, e por conta disso mantém planos de investimentos mesmo durante esta crise sanitária.
Segundo o levantamento, 64% dos 3.048 produtores rurais consultados em 16 estados responderam ter apurado um impacto baixo da crise sanitária, enquanto 11% afirmaram ter sentido impacto médio, e 25% um impacto alto.
"A pesquisa mostra o que está na mente dos agricultores e criadores neste exato momento em que o Brasil e o mundo ainda são impactados pela pandemia do novo coronavírus", disse em nota o vice-presidente da ABMRA, Ricardo Nicodemos.
O Brasil é o segundo país com maior número de mortes por Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, mas mesmo assim o agronegócio – classificado como atividade essencial – foi um dos setores menos abalados pela crise, apoiado por fatores como:
- firme demanda por exportações de produtos agrícolas;
- altos preços de commodities;
- safra recorde de grãos.
Ainda segundo a pesquisa, 86% dos agricultores disseram não ter feito qualquer mudança na administração de suas propriedades, enquanto 78% mantêm os planos de investimentos durante a crise sanitária.
O levantamento também chamou atenção para o aumento do uso de tecnologias de comunicação no campo. Segundo a entidade, atualmente 94% dos produtores consultados possuem smartphone. Em 2017, ano em que a última pesquisa da ABMRA havia sido realizada, esse índice chegava aos 61%.