Produtores em Gaúcha do Norte se preparam para colher gergelim

Pequenos produtores do Projeto de Assentamento (PA) Nova Aliança, em Gaúcha do Norte, tem apostado na cultura do gergelim. Cerca de 28 hectares estão destinados ao grão nesta safra e devem receber os trabalhos finais de colheita já nos próximos dias.
A produção faz parte de um projeto piloto implantado na localidade em 2021 com o incentivo da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e da LC Sementes, empresa responsável pela compra de toda produção e com sementes disponibilizadas pela Embrapa.
Em fevereiro, as primeiras sementes foram lançadas ao chão, com boa germinação e desenvolvimento em boa parte das propriedades. Há cerca de um mês, as plantas foram cortadas e amontoadas e agora aguardam a fase final da colheita.
“Quando começou a amarelar as primeiras vagens, cortamos toda a produção e colocamos em montes, onde ficam entre 35 e 45 dias em processo de secagem, assim, o produto perde toda a humidade. Nos próximos dias já vamos bater, peneirar e ensacar nossa produção”, disse a produtora Eliane Ferreira Neto, que destinou 1,5 hectare para a cultura.
Com mão de obra familiar ou mutirão entre os pequenos produtores, a produtora apontou muita dificuldade no início. “Foi bem difícil no início, muitos aqui não tem recurso próprio, não consegue financiamento devido a documentação da terra junto ao INCRA ainda não estar liberada, então fomos levando com as próprias pernas, com muita dificuldade. Mas, estou animada com a cultura e não vou parar, muito pelo contrário, quero produzir cada vez mais”, disse a produtora.
A produção do Assentamento já está com a venda garantida. Os contratos de compra e venda foram firmados antes mesmo do plantio. A empresa LC Sementes é certificada pelo Ministério da Agricultura e vai comprar toda a produção e efetuar os pagamentos à vista. Segundo o proprietário da empresa, Leandro Loder, o projeto visa produzir uma semente com maior qualidade.
Os produtores aguardam ansiosos finalizar os trabalhos no campo e efetivar a venda e recebimento da produção. “Para nós é muito mais que uma cultura, é uma oportunidade para melhorarmos a nossa qualidade de vida e termos condições de investir na nossa propriedade para as próximas safras”, finalizou Eliane.