Preço do frete em MT segue estável, mas deve subir com safrinha

O Boletim Logístico, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), passa a analisar também as principais rotas do mercado de fretes de grãos nos estados de Mato Grosso do Sul e de Goiás.
Antes, as informações contabilizadas eram apenas sobre o mercado em Mato Grosso. Os três estados são responsáveis pela produção de cerca de 49% de milho e soja do país.
No Mato Grosso do Sul há uma expectativa de alta nos preços ofertados pelo serviço de frete, conforme a colheita do milho 2ª safra avance. No entanto, essa elevação pode sofrer impactos das condições climáticas adversas registradas nas lavouras do estado.
A expectativa é que o incremento nas cotações não seja tão significativo, mesmo no pico da colheita, uma vez que as perdas da safra em função do clima desfavorável devem reduzir o volume a ser escoado. Em junho houve redução na maioria das rotas pesquisadas em relação ao mês de maio.
Cenário semelhante deve ser encontrado pelos produtores em Goiás. No estado goiano, o pico da demanda por serviços de frete inicia entre o fim do mês de julho e início de agosto, quando a maior parte da produção de milho desta 2ª safra estará colhida.
Já em Mato Grosso, o panorama é contrário a estes estados. O aumento da área plantada, em conjunto com estimativa de redução moderada de rendimento médio, resultante da heterogeneidade das lavouras mato-grossenses, devem culminar em produção perto da estabilidade.
Com isso, a produção da segunda safra do cereal no Mato Grosso deverá ser próxima da obtida no ciclo passado, o que movimentará o mercado de frete rodoviário, com decorrente aumento dos valores para fechamento das negociações.