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Agro

O que esperar da suinocultura para os próximos anos?

Publicado em 20 de Julho de 2021 ás 07:30 , por Da Reportagem – com assessoria
Vale olhar para trás e relembrar do passado – Foto: Divulgação

Às vezes, com certa nitidez, revivemos os períodos mais nostálgicos da nossa infância ou nossos momentos mais recentes, as conquistas pessoais ou coletivas.

E se buscarmos em nossas memórias os principais fatos do ano anterior, lembraremos do período de crise que derrubou os preços do suíno brasileiro e culminou em prejuízos avassaladores para o setor.

Reviver o passado, especialmente os momentos mais turbulentos, pode ser uma tarefa exaustiva, mas é essencial para o crescimento do todo. Já diria a milenar filosofia chinesa, “se queres prever o futuro, estuda o passado”.

Pois, antes de respondermos à pergunta que nos propusemos nesta edição da revista, precisamos retornar um pouco aos anos anteriores para extrair lições valiosas deste mercado totalmente globalizado, lembrando, por exemplo, do recente episódio vivido com a Rússia, que no final de 2017 suspendeu as importações da carne brasileira e corroborou para a desvalorização do produto.

Algum tempo depois, os ventos mudaram. No início deste ano, foi possível projetar a China alavancando o setor, devido a Peste Suína Africana (PSA) que se espalha pelo continente asiático, dizima planteis e eleva a demanda chinesa pela carne brasileira.

Ainda que a suinocultura brasileira tenha motivos para celebrar no presente, é preciso agir com cautela para garantir um futuro promissor. Lembrar do passado recente e evitar que o mercado externo seja o principal fator a ditar os rumos da suinocultura brasileira pode ser um passo importante.

“Temos que ver o que está acontecendo lá fora, nos Estados Unidos e especialmente na Europa”, sugeriu o médico veterinário, Iuri Machado. O profissional aposta que o mercado interno será o grande futuro da suinocultura nacional.

“Nos países da União Europeia, a carne bovina se tornou carne de luxo, enquanto a suína e de frango se tornaram as mais consumidas”, exemplificou. O que acontece nestes países, segundo ele, é que a criação bovina no campo aberto perdeu espaço para as lavouras de soja e milho, devido à valorização dos commodities de grãos.

Este recuo da área de pastagem e do rebanho bovino resultou no aumento do confinamento de gado, mas a prática é menos eficiente para bovinos quando comparada aos suínos e frangos. O confinamento fez reduzir a produção e, aliado a isso, aumentar os custos de produção. Como resultado, a carne bovina ficou mais cara.

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