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Agro

MT registra mais de 4 mil focos de incêndio em agosto

Publicado em 26 de Agosto de 2021 ás 15:53 , por Da Reportagem
Setor produtivo está preocupado com a alta incidência de focos de calor no estado – Foto: Divulgação

Mato Grosso registrou mais de 4 mil ocorrências de foco de calor em agosto e deixou o setor produtivo do estado apreensivo, principalmente os pecuaristas pantaneiros que no ano passado enfrentaram uma das piores tragédias ambientais já registradas no Brasil, deixando mais de 60% do bioma prejudicado pelos incêndios florestais.

O fogo avança pelo Parque da Chapada dos Guimarães, e consumiu quase seis mil hectares de uma área de proteção ambiental. O clima da atual estação do ano favorece a disseminação das labaredas e dificulta o trabalho de combate no local. A origem do incêndio ainda está sendo investigada.

O tenente-coronel João Paulo de Queiroz, do Corpo de Bombeiros, observa que “no mês de agosto o vento é mais forte e também a baixa umidade do ar faz com que haja uma propagação maior do incêndio, na data de hoje nós temos cinco dias de combate, nosso efetivo máximo empregado ocorreu no sábado, o fogo foi se alastrando, às nossas equipes elas estão em combate frente ao fogo”.

A força-tarefa para controlar as chamas conta com três aeronaves, um helicóptero e um efetivo de 42 pessoas entre militares e civis, do ICMBIO, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil.

”Nós conseguimos equipar toda a tropa, mais de 800 kits com fardamento, equipamento proteção individual, fizemos a capacitação de quinhentos brigadistas e desses estamos contratando 100, pode chegar mais vai depender da necessidade, o ano passado investimos R$ 32 milhões e esse ano estamos investindo R$ 73 milhões. Isso é bem superior à nossa média de R$ 5 milhões que a gente investiu nos últimos 10 anos”, relata Queiroz.

LIDERANÇA INDESEJADA
O estado lidera o ranking nacional de focos de calor registrados no Inpe, com 11,3 mil ocorrências, 25% a menos do que no mesmo período do ano passado.

Mesmo com a redução, o momento é de alerta, sobretudo entre agosto e setembro, meses considerados críticos. Só nos primeiros 22 dias deste mês houve quase 4,8 mil registros, cerca de 40% do total deste ano.

O secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), Alex Marega, pontua que, no mês de agosto, a grande preocupação são os ventos.

O cenário deixa o setor agropecuário mato-grossense em estado de alerta, de acordo com o gerente de Relações Institucionais da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Nilton Mesquita.

“Uma das orientações que a gente mais tem usado é fazer o acero principalmente onde tem rodovias onde tem fluxo de pessoas que acaba gerando incêndio, aí você tem prejuízos com perdas de cercas, com as pastagens, animais que tem que ser deslocados de um lado para o outro, planejamentos de cercas, rotacionamento, tudo isso gera transtornos e dificuldade para o produtor”, observa o representante.

No Pantanal, que está sofrendo com a falta de chuvas novamente neste ano, os primeiros focos de incêndio começaram a aparecer e despertar atenção redobrada nas propriedades.

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